A acupuntura é um dos componentes da Medicina Tradicional Chinesa, e no Brasil, ela é praticada desde os anos sessenta por técnicos acupunturistas. E foi reconhecida como especialidade médica ( no Brasil) em agosto de 1995, e está inserida no SUS desde o ano de 1988.
Pode ser entendida como um conjunto de procedimentos terapêuticos que visam introduzir estímulos em certos lugares anatomicamente definidos - os pontos de acupuntura - a fim de obter do organismo, em resposta, a recuperação global da saúde, ou a prevenção da doença, através de incremento dos processos regenerativos, de normalização das funções orgânicas de regulação e controle, de modulação da imunidade, de promoção de analgesia, de harmonização das funções endócrinas, autonômicas e mentais.
É importante ter em mente que embora a acupuntura esteja livre das dependências e dos efeitos colaterais associados ao uso dos medicamentos, constitui um procedimento que exige conhecimentos de anatomia topográfica, fisiologia e portanto praticada por técnicos acupunturistas ou profissionais da saúde, nunca por leigos “sabedores” de como inserir uma agulha.
O uso de recursos terapêuticos originários da medicina tradicional chinesa por grupos sociais de cultura ocidental em todo o mundo, a partir do início dos anos 70, impeliu a comunidade científica a examinar este sistema de atenção à saúde. As questões epistemológicas e metodológicas que emergiram neste processo apresentaram grandes desafios à construção do diálogo entre os campos da medicina tradicional chinesa e da ciência biomédica ocidental.
A Acupuntura tem um total de mais ou menos 1.900 pontos, diz-se mais ou menos, em virtude de pontos extras usuais e de alguns localizados pelos profissionais durante o procedimento.
Esta Medicina milenar envolve medicamentos de origem vegetal, animal e mineral, Acupuntura e Moxabustão, alimentação natural, exercícios energéticos, massagem corretiva e estabilização psíquica. A Acupuntura e Moxabustão é um recurso terapêutico baseado em equilibrar fisiológicamente o cliente estimulando pontos e meridianos do sistema nervoso central do corpo, aplicando os princípios da Filosofia Oriental.
Tais estímulos podem ser os dedos, agulha, moxa, eletricidade, magnetismo, música, injeção, ultra-som, limpeza do biocampo, laser, ativadores de acetil colinesterase (Cloreto de Césio, Cloreto de Lítio, Uréia, Carbonato de Lítio, e outros), martelo de pontas, escova de dente, carretilhas, espátulas ou lixas.
Portanto, Acupuntura não consiste apenas na inserção de agulhas e nem representa toda a Medicina Oriental.
Existem várias modalidades de Acupuntura, sendo que a mais tradicional é a Acupuntura Sistêmica. Entretanto, existem os micro sistemas que englobam a utilização da orelha, nariz, face, couro cabeludo, mão, pé, abdomen, íris ou dentes.
Temos então, as modalidades: Auricular ; Escalpo; Koryo; Podal; Hara e outras. Assim como as abordagens são : a acupuntura da Medicina Tradicional Chinesa (MTC), a energética francesa, a acupuntura de mão coreana, a teoria dos cinco elementos, a acupuntura auricular, a acupuntura miofacialmente-baseada, e a acupuntura brasileira.
Não deve doer a prática da acupuntura. Eventualmente podemos acertar um nervo superficial ou um ponto mais sensível da pele, causando dor. Neste caso, deve-se informar ao profissional, que corrigirá a inserção da agulha. Ocorre determinadas vezes de um micro vaso sanguíneo ser atingido provocando um pequeno sangramento. portanto tais sangramentos e hematomas resultantes não devem ser motivo de preocupação, pois são superficiais e ocorrem raramente.
Algumas pessoas podem se sentir sonolentas e relaxadas após a sessão, outras sentem todo o meridiano nervoso sendo percorrido. Em certos casos pode haver uma ligeira piora dos sintomas, que geralmente é seguida pela melhoria da condição do cliente. Pontos muito sensíveis podem se tornar dolorosos se manipulados em excesso, porém a dor resultante tende a melhorar com o passar do tempo.
O diagnóstico, tanto na visão ocidental quanto na visão própria da acupuntura são diferenciados. Enquanto na primeira é realizado um levantamento nosológico, na segunda busca-se uma equivalência de forças antagônicas mas concludentes para o metabolismo fisiológico.
Os pontos selecionados de acordo com o diagnóstico serão utilizados para inserção de agulhas filiformes; e após a degermação da pele com álcool a 70º, as agulhas descartáveis são inseridas de forma indolor e deixadas no local, sendo retiradas depois de alguns minutos , dependendo da seleção e protocolo utilizados. Durante o período no qual as agulhas estão inseridas, recomenda-se ao cliente não mover-se.
O Brasil é um dos países onde a acupuntura e suas aplicações mais evoluíram , isto porque pela alta facilidade dos brasileiros em procurar e criar atalhos para solucionar problemas, bem como facilitar caminhos; e pela adaptabilidade ancestral cultural. Portanto, são praticados protocolos terapêuticos abreviados e diferenciados em quantidades de agulhas e pontos, que no entanto, proporcionam excelentes resultados .
Existem também, no Brasil, duas linhas acadêmicas distintas , a primeira dos técnicos e médicos acupunturistas onde é seguida a interface entre os cinco elementos; e a segunda dos médicos acupunturistas onde segue-se protocolos nosológicos pré estabelecidos. Vamos esquecer, aqui, os prós e contras , e considerar que ambas existem distintamente e são aplicadas por profissionais da área da saúde, uma pela Medicina suplementar (convênios, seguros, acordos e outros) e outra pelo atendimento particularizado e complementar.
E vamos considerar também que, as regras dos cinco elementos adaptam-se ao Brasil e ao seu ambiente, pelas mãos responsáveis e pesquisadoras dos profissionais. Isto porque, temos alimentação e climas diferentes, meio ambiente e solo altamente favoráveis a determinados aspectos, onde em países orientais não o são.
A Acupuntura é um conhecimento milenar, embora tenhamos várias pesquisas, que comprovam a eficácia desta técnica em diversas enfermidades; existem lacunas que ficaram ao longo do tempo. Este e o grande paradigma: que caminho a acupuntura vai trilhar, pois no nosso entendimento ciência e filosofia devem estar juntas, nunca esquecendo da tríade: conhecimento, técnica e intuição.
O uso de recursos terapêuticos originários da medicina tradicional chinesa por grupos sociais de cultura ocidental em todo o mundo, a partir do início dos anos 70, impeliu a comunidade científica a examinar este sistema de atenção à saúde. As questões epistemológicas e metodológicas que emergiram neste processo apresentaram grandes desafios à construção do diálogo entre os campos da medicina tradicional chinesa e da ciência biomédica ocidental.
O mecanismo de que a ação da acupuntura cria, promove o envio de estímulo dos pontos, levando à produção de substâncias que tem ação sobre receptores do sistema nervoso (neurotransmissores e neuromediadores), e que o resultado final é a normalização das funções alteradas. A acupuntura tem também ação anti-inflamatória por estimular a produção de corticóides pela glândula supra-renal. A acupuntura é mais que um analgésico, combatendo a dor através da resolução do processo inflamatório que a causa. Há similaridades entre os efeitos da acupuntura e os causados pela serotonina, que é um neuromediador produzido pelo nosso cérebro.
Os estudos clínicos de Soulié de Morant e de outros pioneiros não cumprem os critérios científicos exigidos nos estudos clínicos de hoje, mas ocupam um lugar simbólico no início da construção da ponte entre o campo da acupuntura e o da comunidade biomédica ocidental.
Os critérios de controle que tornam um estudo confiável na medicina ocidental colocam restrições problemáticas à medicina tradicional chinesa, que identifica subgrupos de diagnósticos diferenciados para cada alteração da saúde definida por critérios alopáticos. A literatura clínica tradicional chinesa preconiza conjuntos específicos de pontos para tratar cada subgrupo de diagnóstico diferenciado, uma seleção que pode ser modificada para atender as características individuais dos clientes, tornando cada tratamento único. Os estudos clínicos científicos, entretanto, expressam o diagnóstico em termos biomédicos e seus protocolos requerem que os mesmos pontos sejam utilizados em todos os pacientes.
A eficácia das ações específicas da acupuntura para uma determinada alteração da saúde está vinculada à observação dos preceitos de seus próprios cânones: doutrinas do yin/yang e das cinco fases (os elementos), substâncias vitais, teoria dos zang fu, teoria dos meridianos e pontos, etiologia, semiologia e princípios de diagnóstico segundo a medicina tradicional chinesa.
A pesquisa científica sobre os mecanismos de ação da acupuntura teve início em 1965 no laboratório de Han Jisheng, em Pequim. O objetivo inicial da pesquisa era comprovar que a acupuntura possuía, de fato, um efeito analgésico. Para este fim realizou-se um estudo com centenas de pacientes que receberam um mesmo estímulo algésico. O limiar algésico de cada um foi mensurado e registrado. Respeitando-se os princípios científicos
A aplicação da acupuntura esta relacionada com o sistema nervoso central, ou seja seu funcionamento e ação, estão ligados ao sistema neuroendócrino . O que explica os mecanismo de ação da acupuntura em relação a seus efeitos analgésicos e antiinflamatórios.
Mas o mais complicado é explicar a teoria dos meridianos acupunturais ( paralelos aos meridianos nervosos), âmago da medicina tradicional chinesa.
Uma possível definição dos meridianos em termos científicos começa a ser delineada, nestes anos mais recentes, no âmbito de estudos morfológicos que enfatizam a participação do tecido conjuntivo em acupuntura, associados a estudos sobre propriedades eletromagnéticas funcionais dos organismos vivos.
Os meridianos de acupuntura acompanham os planos das fáscias (entre os músculos, entre músculo e osso ou entre músculo e tendão) e os pontos de acupuntura coincidem com os planos de clivagem do tecido conjuntivo. Nestes pontos, a superfície de contato da agulha de acupuntura com o tecido conjuntivo é ampla, o que facilita a propagação pelo tecido do sinal gerado pelo estímulo mecânico e a transdução deste sinal nos fibroblastos. Os sinais biomecânicos, bioelétricos e bioquímicos transmitidos pelo tecido conjuntivo integram o corpo tanto no domínio espacial quanto em relação aos sistemas fisiológicos pois os múltiplos planos deste tecido são contínuos. Ele permeia órgãos e vísceras e envolve fibras musculares, tendões, ossos, nervos, vasos sanguíneos e vasos linfáticos.
Mais de 80% dos pontos de acupuntura e 50% das intersecções dos meridianos com os planos de secção dos ossos coincidem com planos de tecido conjuntivo intermuscular ou intramuscular, Estes resultados permitem conjecturar que a descoberta dos pontos de acupuntura pela medicina tradicional chinesa tenha se fundado na palpação e identificação das concavidades onde a agulha atingiria mais quantidade de tecido conjuntivo. Os mapas de acupuntura teriam sido concebidos para guiar a inserção de agulhas nos sítios onde a manipulação da agulha implicaria um estímulo mecânico mais poderoso.
As propriedades bioelétricas dos pontos de acupuntura foram reconhecidas por meio de mensuração com vários tipos de instrumentos, em indivíduos sadios e enfermos, o que permitiu que se postulasse uma natureza eletromagnética para estas estruturas. Estudos cuidadosos no que tange ao controle de fatores que influenciam a resistência elétrica da pele (idade, sexo, teor de umidade da pele, temperatura ambiente, estímulos externos, estado emocional e tônus simpático) demonstraram a diferença significativa do perfil elétrico dos pontos de acupuntura e o dos pontos de controle. Os pontos de acupuntura apresentam maior condutividade, menor resistência e maior capacitância do que os pontos de controle. Os meridianos parecem consistir em vias de baixa resistência com funções de transferência específicas.
Estes achados tornam-se interessantes quando interpretados à luz do conceito moderno de eletro biologia formulado por Szent-Gyorgyi, físico e bioquímico que recebeu o Premio Nobel, em 1941, pelo seu trabalho com os mecanismos de oxidação da vitamina C.Szent-Gyorgyi conjeturou que o fenômeno da semicondução ocorresse não apenas em cristais sólidos mas também em sistemas vivos. Ele postulou que a estrutura atômica de moléculas biológicas, como as proteínas, pudesse funcionar como uma treliça cristalina e viabilizar o fluir da corrente de semicondução; sugeriu, então, que as proteínas fibrosas agrupadas em sistemas ampliados com o mesmo nível de energia favorecessem este fluxo por longas distâncias.
A teoria de “campo biológico”, caracterizado por um sinal informativo, com atuação na organização dos sistemas biológicos foi introduzida por Gurwitsch, em 1944. O sinal deveria, a considerar-se as propriedades destes sistemas, apresentar: pequena capacidade energética combinada com alta resistência à interrupção, alta densidade de informação, pequena absorção no meio intra e extracelular e grande absorção seletiva por estruturas de recepção.
Na fase do desenvolvimento embrionário conhecida como morfogênese, as colônias de células que são capazes de influenciar a via de desenvolvimento de outros tecidos e estruturas recebem a denominação de centros organizadores. O modo de operar destes centros pressupõe a passagem de um sinal para tecidos-alvo, cuja transdução intracelular influi na expressão gênica das células receptoras, no sentido de orientar a modelagem do embrião.
As hipóteses de Szent-Gyorgyi e Gurwitsch são instrumentais para a investigação deste sinal cuja natureza ainda não está esclarecida por completo, mas que parece não restringir-se ao domínio químico. Shang concebeu a teoria da singularidade morfogênica para explicar a origem dos pontos e meridianos de acupuntura. Esta teoria postula que os pontos de acupuntura sejam originários dos centros organizadores na morfogênese, já que ambos compartilham as mesmas características: alta condutância elétrica, alta densidade de corrente e alta densidade de junções celulares (proteínas canais entre células adjacentes que facilitam a comunicação intercelular e aumentam a condutividade elétrica).
Os centros organizadores e os pontos de acupuntura são definidos nesta teoria como pontos singulares de um campo elétrico para onde convergem as correntes superficiais. A manipulação dos pontos de acupuntura teria o potencial de induzir alterações no campo e ativar os sistemas de auto organização do organismo.
Nos estágios iniciais da embriogênese todo o embrião encontra-se conectado como um sincício. A comunicação entre as células, mediada pelas junções celulares, é distribuída e difusa. Com o desenvolvimento, as junções tornam-se restritas a bainhas de células pouco diferenciadas que dividem o embrião em compartimentos de informação. Estas interfaces conservam grandes vias de correntes bioelétricas e podem ser representadas por separatrizes.
A teoria da singularidade morfogênica postula que as células pouco diferenciadas das bainhas preservam funções reguladoras importantes após a embriogênese. Esta teoria identifica os meridianos de acupuntura com as interfaces que são representadas por separatrizes.
O sistema de meridianos corresponderia, então, a um sistema de transdução de sinais intercelulares anterior aos sistemas fisiológicos, inclusive o sistema nervoso. Os recursos terapêuticos da medicina tradicional chinesa que atuam sobre eles teriam, por conseguinte, a potencialidade de influenciar de modo significativo o organismo e as funções fisiológicas.
A acupuntura chinesa tornou-se experimental a partir da segunda metade do século XX. A investigação científica deste campo passou a exigir o aperfeiçoamento da metodologia e de instrumentos de controle para os estudos clínicos e laboratoriais, com o envolvimento de tecnologia moderna.
A experiência clínica em medicina tradicional chinesa demonstrou que a eficácia de suas ações específicas vinculam-se à observância de seus preceitos mais gerais. A metodologia e o design dos estudos clínicos e laboratoriais devem, cada vez mais, incorporar estes preceitos revelados pelos estudos filológicos dos textos médicos chineses. A hipótese neuroendócrina da acupuntura encontra-se bem desenvolvida e fundamentada, tendo inserido de modo definitivo a acupuntura na âmbito das ciências biomédicas.
Os campos da transdução de sinais mecânicos no tecido conjuntivo e das propriedades eletrofisiológicas dos organismos vivos apresentam-se promissores para ampliar a explicação dos mecanismo de ação da acupuntura para além da teoria neuroendócrina.
Portanto, ter um amplo entendimento sobre os pontos de acupuntura, meridianos e suas correlações com os sintomas a serem tratados é de suma importância para que o melhor resultado terapêutico seja alcançado. Uma vez feito o diagnóstico, deve-se levar em conta as vantagens e desvantagens das propostas terapêuticas que devem ser tomadas, incluindo cirurgias, terapia clínica, nutricional e a própria acupuntura.
A associação da acupuntura aos tratamentos convencionais é um ponto de grande importância, pois garante a potencialização do tratamento decorrente do sinergismo entre ambas. Portanto a acupuntura contribui de modo importante complementando os recursos da medicina Ocidental e fornecendo uma estrutura mais completa e sólida para a terapêutica.
Existem explicações e informações, sobre cada modalidade de Acupuntura neste site, basta clicar ( ao lado) sobre o nome delas.
UM POUCO DE HISTÓRIA
O surgimento da acupuntura iniciou-se com o aquecimento de pedras em certas partes do corpo, onde produziam reações e respostas confortáveis para o ser humano.
O homem de Pekin há mais de 10.000a.c e seu sucessor o Upper man utilizavam utensílios de madeira,ossos ,pedras e espinhas de peixes, para realizar estímulos em certos pontos do corpo , os famosos acupontos. Na Era Neolítica, quando o homem organizou a sociedade em clãs , surgiram os três imperadores lendários oriundos deste tipo de organização.
Foram estes imperadores, os principais para a construção do pensamento filosófico chinês . E como os Imperadores eram considerados seres sagrados, e não podiam ser tocados por pessoas comuns e impuras, estudou-se uma forma de cuidar e tratar a saúde sem invadir ou tocar com as mãos o corpo “santo” deles.
O imperador Huang di (o imperador amarelo), praticava alguns exercícios de tuna (exercícios respiratórios) e seus conhecimentos foram reunidos no Huang di Nei jing, dividido em duas partes Su wen e Ling Shu (base fundamental da Acupuntura). È durante as Dinastias Xia, Shang , Zhou (2.000 a.c), que surge a escola naturalista com os princípios de Yin e Yang e cinco elementos. Mestres deste período nomearam meridianos e pontos de acupuntura.
O imperador Qin Shinhuan (475 a.c), que unificou a china e iniciou a construção da Grande muralha, queimou obras importantes de relevantes autores da medicina tradicional chinesa . No período Han (220.dc), encontramos referências a alguns importantes acupunturistas: Huo To um dos primeiros a realizar cesariana e utilizar a técnica da analgesia para diminuir a dor. Outro celebre acupunturista foi Tsan Kung reuniu 25 relatórios contendo descrições sobre o uso de agulhas no tratamento de varias doenças.
Zhang Zhong jing também teve sua importância neste período, pois escreveu o primeiro tratado em acupuntura. Na dinastia Tsin e Tang (65.d), período que foi autorizado a farmacopéia pelo império chinês, o renomado Sun Simiao reuniu vários livros entre estes as mil valiosas precisões de ouro e fez mapas multicoloridos dos canais de energia. Na Dinastia Song 960; Wang Wei através da compilação do manual multicolorido, fundiram-se os pontos dos doze meridianos na figura de Bronze, estas realizações promoveram o início das escolas e foram um marco para a acupuntura, pois possibilitaram a unificação do conhecimento.
Na dinastia Jim e Yuan -1279 o acupunturista Lao tien yie verificou o fluxo dos Meridianos e tratamento e Houjouyu relacionou as horas aos diversos acupontos dos canais de energia. Durante a Dinastia Ming (1368) um dos autores mais importantes foi Yang Jih Zhou com a obra Zhen Jiu Da Cheng, que sintetiza as aquisições da acupuntura na época de Huang Di. Na ultima dinastia Qin a acupuntura quase caiu no esquecimento.
O ocidente deve a George Solie de Morant um francês que foi para china em 1908 e estudou esta magnífica arte da cura. No Brasil na década de 40, o professor Frederico Spaeth de origem européia naturalizou-se brasileiro e dedicou a sua vida ao estudo e ao ensino da acupuntura. Após décadas de misticismo e incertezas com relação a sua eficácia, a pratica tornou-se alvo de intensa briga pela reserva de mercado. Em 1985 a Acupuntura foi reconhecida oficialmente por intermédio da Resolução COFFITO 60 1985, do Conselho Federal de Fisioterapia e Terapia Ocupacional, que concedeu autonomia para praticar o método.
Os precursores da acupuntura moderna, informada pelo desenvolvimento das pesquisas em neurociência, foram Gerhard van Swieten e Rougement. O primeiro especulou sobre as bases neurológicas da acupuntura e da moxabustão, em 1755. O segundo escreveu sobre acupuntura e moxabustão como formas de terapia por contra-irritação, em 1798 .
As bases da prática da acupuntura moderna na Europa foram erigidas por Soulié de Morant, no início do século XX. Ele propôs correlações entre a medicina tradicional chinesa e a medicina ocidental colocando-se contrário à ênfase dada às incompatibilidades entre os dois os campos. Foi incansável, ao longo de quase 40 anos, na divulgação deste método de tratamento junto a jovens profissionais de saúde.